Família.

Estudo violino a mais ou menos 3 anos...
Meu repertório sempre foi estritamente erudito, tirando as músicas que aprendi da tv.. haha Mas hoje quero falar mais sobre a nossa realidade.
Há algum tempo, tive a oportunidade de acompanhar de perto a vida de um músico popular. Não é nada fácil, e um tanto quanto cansativa, shows todas as noites terminando ás 4 da manhã e junto à isso, a responsabilidade de ser autonomo e ter uma vida pra tocar pra frente. Mas ao mesmo tempo que é um caminho cheio de obstáculos, consegue ser uma trajetória incrivelmente gratificante.
Você toca por amor, por paixão ao seu instrumento e ao som que você, (e ele!) agradavelmente levam à quem os escuta. A harmonia é recheada de acordes que fazem os pelos do seu corpo se eriçarem, e pequenos choques de prazer explodirem dentro de você. E a felicidade que você conquista depois de tudo é inexplicável; faz você querer, cada dia mais, "viver disso".
Já fui chamada pra fazer parte de algumas bandas, mas nunca de alguma que me fizesse querer suar a camisa, dispôr de tempo e grana pros ensaios, calejar os dedos de tanto estudar os arranjos, procurar, trabalhar, acordar cedo, me entregar de corpo e alma.
Até que um dia conheci Opala Bege, e tive o imenso prazer de ser convidada pra fazer parte dessa família, e poder fazer tudo isso que citei acima, com um sorriso enorme estampado no rosto.
Vocês, pra mim, são família!
Amo todos (inclusive as opaletsss hahaha), e deixo aqui registrado o meu MUITO OBRIGADA a cada um, de um jeito especial.
Obrigada por estarem comigo na realização de um grande sonho!

Violinista.

Diário de um Percussionista

As vezes eu não acredito nas peças que a vida me prega. Um belo dia, estou no bar,
Por - do - Sol, como toda quinta-feira pede, bebericando a mais gélida cerveja, e um futuro zelador me propõe:

- Neguinho podia fazer uma banda.
eu: pô...
zelador: Qual foi, vamos NESSA!
eu: ( sem opinião própria ) Pô, relaxou. mas eu toco percussão e o rafa tem que
carregar os instrumentos. fechado ?
zelador: Nóix!

Licença poética a parte, um sonho antigo, guardado, quem sabe até esquecido... Sacode a poeira e sai do fundo do baú, tomando a mais improvável forma: a realidade.

Sou obrigado a confessar, pra desencargo de consciência, que estou completamente deslumbrado. Já pensei em largar a futura profissão de engenheiro ou jardineiro, e viver de música ; vender meu carro e gravar um super cd com o Rick Bonadio; até trocar minha mãe em duas tumbadoras.

Tô parecendo criança com brinquedo novo, um brinquedo que eu sempre quis ter e
que se tudo der certo, nunca vai quebrar ou sair de moda.

Percussionista.

6.897 !

ESTE RELATO É FICTÍCIO.. NÃO SEJA BOBO DE ACREDITAR NELE!


Com todos esses anos de existência, mas nem tantos também, presenciei alguns acontecimentos muito interessantes, excêntricos, e alguns, por ocasião, sórdidos. Muitos verídicos, que certamente, você, diria: mentiiira!!!! No entanto, hoje, venho falar de algo inusitado, mas tão verídico como sua capacidade de ler e compreender.

O que me compele a relatar este fato é o valor simbólico, falo de alguém que não conhecemos, mas que, de certo modo, nos conhece, e tem a noção de como o sangue corre em nossas veias, como a compressão gerada nos pistões de um opala.

Antonio das Chagas do Nascimento, morador de Rio dos Bois, em Tocantins/TO, é proprietário de um lindo opala bege, o do layout do blog, e por obra do acaso, acabou conhecendo a banda Opala Bege pelo sítio www.youtube.com.br.

Não muito acostumado com o estilo da banda, samba rock, samba groove, achou um som bem diferente, mas na terceira audição, se apaixonaram ele, a esposa, os 7 filhos e os bois de sua fazenda.

Não demorou para solicitar o contato via telefone, cedi meu número pessoal, sem nenhum problema, fiquei comovido por saber da existência de um fã de tão longe, mas com o mesmo valor de um que esteja perto.

Ao contato telefônico, o Sr. Antonio me informara da existência de

6.897 opalas beges catalogados, espalhados por todo Brasil e América do Sul. É presidente da APOBB, Associação dos Proprietários de Opalas Beges do Brasil; estarrecido, pensei: esse feladaputa tá me sacaneando, desgraçado... Mas o dito cujo forneceu dados com os quais posso afirmar a veracidade dos fatos.

Agora, vocês realmente não vão acreditar, o Seu Antonio, pessoa formidável, me prometeu pro próximo show da banda, pelo menos 600 opalas beges, onde quer que o show aconteça!!! Só pediu pra avisar com 3 dias de antecedência!!!

Não sei se devia, mas quis compartilhar esse relato com todos vocês, uma vez que senti tamanha emoção com toda a história.



Rod. Antipas - Baixista da banda

UCB 15 ANOS

Vrrrrrrrum.
Engatamos a primeira marcha e demos o primeiro grande passo na nossa caminhada rumo ao estrelato ontem, dia 23 de março na Universidade Católica de Brasília.

58 bandas, 2 dias de seletiva, muita animação, torcidas em polvorosa, gritos e mais gritos.

No primeiro dia, atrasos e mais atrasos, nervosismo à flor da pele já que seria a primeira apresentação ao público na nossa história. Coube-nos esquecer partes da bateria e o cubo do baixo também. Tudo foi resolvido em questão de minutos, e em questão de minutos também nossa banda mostrou a que veio.

Um som novo, original, trabalhado numa letra impactante, de autoria de Jóta Stilben, que traz uma crítica social afiada e em forma de uma história que talvez poucas pessoas imaginaram alguma vez ter acontecido.

Dito e feito, passamos ao segundo dia de seletiva, onde só 10 bandas participariam.
Já no segundo dia, a coisa se destoou. Não parecia mais algo amador. Agora a apresentação se dava em um teatro próprio, com direito a show de luzes e até outra banda para a abertura do evento, jurados na primeira filas, torcidas da concorrência , entre outras coisas novas..

E foi em tom de novidade, de letra e de música, de ritmo, de atitude e de torcida que o desfecho se deu...
E que TORCIDA, eim? Literalmente "torceu" os jurados! Espremeu dos "tiozinhos" a nota mais alta dentre as bandas. A segunda maior nota do Festival!
Talvez, chorando um pouquinho, concluímos que a vencedora tinha um certo "xodó" com os jurados, mas isto não diminui seu mérito vocal e sua música.

De qualquer modo, a ânsia pelo sucesso, por mais vitórias e mais reconhecimento hoje impulsiona a Opala Bege (eu juro que iria abreviar o nome da banda, mas acho que todos aqui concordam que iria pegar malzaço!) mais do que em qualquer outra época de nossa (curta) existência!

O glorioso dia da Opala Bege e suas Opalétchys findou-se como o ensejo pedia: Chopp, Fofoca e Azaração (no melhor estilo Múltipla Escolha). Todos foram pra casa felizes: uns com um cheque literalmente GORDO, outros com a própria pança gorda (no caso do baterista), e com o desejo de sermos todos famosos, pops, do momento, do balacobaco, arrebentando a boca do balão...

resumindo: Uma brasa, mora?

Confissão de um zelador


Nada como um sonho bom.


Um sonho possível, eu diria. Um bom historiador um dia me perguntou o que havia em comum entre todas civilizações humanas que já existiram. Após minutos pensando e alguns chutes, não consegui acertar, e ele ,com um sorriso na cara, me disse: a música.

A música, arranjo harmônico de notas, sempre fascinou a mente humana. Está nas igrejas, nos rituais pagãos, no amor, no ódio, no natal, no carnaval, no bom, no mal. Já flertou com Deus, mas não deixou de piscar para o outro.

E desde pequeno, sinto uma ligeira pressão para fazer parte disso tudo. É aquele "algo maior" que eu sempre anoto nos fazeres para a próxima semana, antes do "emagrecer 3kg" e "começar a malhar". E estou aí, sem emagrecer e sem malhar, mas agora realmente fazendo algo que gosto, com quem gosto. A bateria marca, o baixo entra, o violino acompanha, a percussão começa,o violão dá o swing e a voz completa. E o coração dança, mas dança que é uma beleza.

Isso é a banda Opala Bege, e que bom que posso chamar de minha, chamar de nossa. Alcancei meu sonho, já me belisquei e vi que estou acordado. Agora, no duro, só preciso começar no trompete. Mas isso eu já anotei para a próxima semana..

Enquanto isso, vou indo pro ensaio, carregando instrumento, participando de algo que ajudei a criar, vendo efervescer criatividade que transborda na nossa música.

Isso não tem preço.

Na verdade, até tem..11 reais por hora no estúdio, 2,68 por litro de gasolina pra ir até o show, 5 reais de cachorro quente depois dos intervalos, fora as intermináveis cervejas antes do ensaio, mas eu pago, pago sorrindo de orelha a orelha e ainda peço mais uma pro garçon.

Thiago Monteiro, suposto trompetista

No som do opala toca :

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